[Opinião] Pedro Nuno Santos, que futuro?

Castro Fernandes CRÓNICAS/OPINIÃO

1 A sucessão de casos com o Governo, que têm implicado sucessivas demissões, não tem trazido estabilidade política como se exige no momento presente. Como resultado das últimas eleições legislativas, que o PS ganhou por maioria absoluta, aguardava-se maior estabilidade e o cumprimento dos objetivos apresentados no programa eleitoral. Entre os chamados pesos-pesados do Governo saíram a ministra da saúde, Marta Temido, logo substituída por Manuel Pizarro, e o ministro das Infraestruturas e da habitação, Pedro Nuno Santos, também substituído por João Galamba, nas infraestruturas, e Marina Gonçalves, na habitação. Também saíram do governo o secretário de estado adjunto da Presidência, Miguel Alves, bem como os secretários de estado do ministério da economia e das finanças, entre eles a secretária de estado do tesouro, Alexandra Reis, responsável pela queda de Pedro Nuno Santos, sendo que o ministro das finanças, Fernando Medina, se manteve no cargo, quando também a tutelou na TAP, na NAV e foi quem a nomeou para secretária de estado.

Com estas sucessivas remodelações que levaram também à queda da secretária de estado da agricultura, Carla Alves, houve grandes alterações no governo, inclusive com a intervenção do próprio PR, Marcelo Rebelo de Sousa, que parece ter mudado o seu status com o primeiro ministro, António Costa, a quem terá dado “um ano para salvar a legislatura”.

“A vasta rede de ligações políticas a nível nacional, regional, distrital e local, fruto do trabalho de muitos anos, dá a Pedro Nuno Santos uma força própria que os outros não têm”

De entre todas as demissões aquela que teve maior significado político, especialmente no interior do PS, foi a de Pedro Nuno Santos que sendo relativamente jovem, revela intuição política e é dentro do PS, à exceção de António Costa, o que melhor se foi preparando para se candidatar a Secretário Geral. Claro que não é o preferido de António Costa, que vê em Fernando Medina ou Mariana Vieira da Silva outras potencialidades, mas a vasta rede de ligações políticas a nível nacional, regional, distrital e local, fruto do trabalho de muitos anos, dá a Pedro Nuno Santos uma força própria que outros não têm. É claro que António Costa já reafirmou que é primeiro ministro para quatro anos, diz que não meteu os papéis para a reforma. Isto, salvo se acontecer alguma novidade imprevisível como aconteceu com Durão Barroso ou António Guterres, digo eu.

2 Ultimamente, o problema da circulação automóvel continua a ser muito debatido em Santo Tirso com o arranque das obras das novas rotundas de Fontiscos e da Ermida, financiadas pelo PRR, que naturalmente estão a provocar atrasos nos acessos à portagem da A3. Por um lado, a portagem está completamente ultrapassada para responder ao tráfego de e para a autoestrada, já que as obras de remodelação que a concessionária Brisa era obrigada a e executar no nó da portagem aquando do alargamento, em 2011, para três faixas no traçado Santo Tirso – Maia, nunca foram feitas porque não lhe foi exigido. Cheguei a alertar o Ministério das Obras Públicas publicamente para o que estava a suceder. É a altura de o Governo incluir estas obras no PRR já parece que há verbas e o grau de execução não está propriamente acelerado.

Outras obras, nomeadamente na rotunda Albino Sousa Cruz, Avenida Sousa Cruz e Rua Soeiro Mendes da Maia, com sucessivos atrasos continuam a causar grandes constrangimentos de circulação na cidade e são várias as dificuldades dos acessos da rotunda de Frádegas ao centro da cidade através do Parque D.  Maria II, da EN 204, do Além Rio e Via Panorâmica, dado que a Rua da Indústria não constitui uma verdadeira alternativa aos acessos às zonas escolares.

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