[OPINIÃO] #Palavra-chave 

CRÓNICAS/OPINIÃO José Manuel Machado

A palavra orçamento foi aquela que com maior frequência foi usada nos meios de comunicação e redes sociais no último mês e, porventura, será uma séria candidata a palavra do ano. Neste e no próximo!

Também por estes dias é espectável que no panorama da política local o uso desta palavra aumente de frequência.

Sem a carga dramática do Orçamento de Estado, é natural e desejável que este tema mereça cuidados especiais na governação local. Na organização política das freguesias o executivo depende diretamente da assembleia. No que respeita a Vila das Aves o executivo local tem todo o suporte de que necessita para que a sua proposta obtenha vencimento fácil. Das oposições espera-se que, ao contrário do sucedido em 2020, façam um bom uso da oportunidade que a discussão do orçamento lhes dá, apresentando algumas sugestões para valorizar a proposta final. No ano transato nenhum dos elementos da oposição compareceu na reunião da Assembleia de Freguesia em que o orçamento foi submetido a votação e também, quando previamente convidados, não deram um único contributo que fosse. Essa falta de comparência traduziu-se na aprovação de um orçamento inferior ao do ano anterior em 22.000 euros, verba notoriamente refletida na atividade da junta. Estou convicto de que tal circunstância não pode nem vai voltar a acontecer. A oposição foi integralmente renovada e já não é monocromática.

“O orçamento 2022 é o primeiro de uma autêntica “bazuca” de delegação de competências municipais nas juntas de freguesia que, Alberto Costa, irá empreender e cuja intenção reiterou no seu discurso de tomada de posse”

Jose Manuel Machado

O orçamento para 2022 é o primeiro de uma autêntica “bazuca” de delegação de competências municipais nas juntas de freguesia que, Alberto Costa, irá empreender e cuja intenção reiterou no seu discurso de tomada de posse. O edil tirsense, agora reforçado pelo voto massivo na sua figura e no partido que representa, confirmou que pretende delegar um conjunto de competências municipais que vão implicar a “transferência de recursos humanos, patrimoniais e financeiros” para as freguesias.

Se a estas intenções se juntar a experiência adquirida nos últimos quatro anos, as boas e as más, a proposta de orçamento do executivo de Vila das Aves deverá contemplar a verba mais volumosa de sempre de modo a habilitar a atividade da junta com valores dignos para o seu cabal exercício. Se acrescentarmos o bom acolhimento das sugestões, que se presume terá feito chegar ao executivo camarário para inscrição no Plano e Orçamento Municipal, só podemos esperar o melhor.

O próximo orçamento deverá marcar o início do segundo ciclo de Joaquim Faria à frente do executivo avense. A requalificação urbana da freguesia, o infantário e Parque do Verdeal são os compromissos mediáticos do mandato recentemente iniciado. Efetivamente a terra precisa urgentemente de uma regeneração ou reabilitação urbana em grande escala!

Mas também é urgente assumir o compromisso de resolver, nomeadamente, os problemas mais comuns que nos apoquentam. Soluções realistas e viáveis para os problemas prementes, respostas certas e eficazes, sem lirismos nem luxos.

Há todos os requisitos políticos para que tal possa acontecer. Uma maioria, um executivo e um presidente bem respeitado pelo município. Tem tudo o que precisa e pouco de que se queixar.    

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