[Opinião] 2025, ano chave para as autárquicas

Castro Fernandes CRÓNICAS/OPINIÃO

O presente ano de 2025 será um muito importante para o concelho de Santo Tirso já que se irão realizar eleições autárquicas entre setembro e outubro.

Com o novo governo da AD, repetindo o governo de Passos Coelho em 2015, estão em cima da mesa alguns problemas muito importantes para Santo Tirso, desde logo a questão da entrega do Hospital público à Misericórdia ou à União de Misericórdias, seria mesmo interessante conhecer se existe algum protocolo entre a Misericórdia e a União de Misericórdias, quando parece que a decisão de privatização nem sequer foi ainda comunicada a atual administração do Hospital.

2025 será também o ano da decisão definitiva sobre o que acontecerá à Escola Agrícola em virtude do protocolo assinado há 20 anos entre o Ministério da Educação e a Misericórdia. Do que se conhece sabe-se que houve uma visita recente do Secretário de Estado da Agricultura da qual não se conhecem conclusões! A grande questão que se coloca é, irá a centenária Escola Agrícola continuar em Santo Tirso? Responda quem sabe.

Também em 2025 termina o acordo de cedência temporária das instalações da sede da União de Freguesias de Santo Tirso, segundo um protocolo estabelecido entre a antiga Junta de Freguesia e a Direção Geral do Património. A pergunta que também se coloca é, o que vai suceder para futuro dado que o terreno onde está a atual sede de Junta foi cedido pela Câmara Municipal para a instalação do antigo Posto de Saúde? Responda quem sabe.

Regressando à questão política mais importante das eleições autárquicas em 2025 certamente que os primeiros nove meses do ano irão decorrer de forma muito ativa nomeadamente na constituição dos futuros elencos para a Câmara Municipal, a elaboração da lista de vereadores não será fácil, para a Assembleia Municipal e para as Assembleias de Freguesia. É voz corrente que um dos candidatos do PSD a uma União de Freguesias não o foi exatamente porque não houve acordo quanto à elaboração da lista!

Quanto à Câmara Municipal sabe-se que Alberto Costa, pelo PS, sucederá a Alberto Costa e Ricardo Pereira será o candidato do PSD, conhecido de há mais de dois anos. A grande novidade política é que as candidaturas do PS e do PSD estão a ser apresentadas com uma antecedência que não é habitual, nomeadamente às Juntas de Freguesia. O PS decidiu apresentar as suas candidaturas às freguesias em bloco e vai ter de escolher um novo candidato em Vilarinho em virtude do falecimento muito recente do arquiteto Romeu Lima. O PSD decidiu apresentar os seus candidatos freguesia a freguesia e vai ter de substituir o pré-anunciado candidato à União de Freguesias de Santo Tirso. Entretanto o PSD só no último mês apresentou seis novos candidatos: Reguenga (Sandra Neto), Carreira/Refojos (Vítor Areal), Monte Córdova (Paulo Torres), S. Tomé de Negrelos (Rui Almeida), Roriz (Roberto Faria) e Vila das Aves (Carlos Valente). De registar que em virtude da lei de limitação de mandatos o PS vai ter de substituir nove dos atuais Presidentes de Junta. Quanto ao PSD nunca apresentou com tanta antecedência os seus candidatos às Juntas de Freguesia o que revela uma estratégia muito diferente em relação aos anteriores mandatos. Prevê-se assim uma disputa muito mais acesa nomeadamente nos chamados centros urbanos mais importantes como são os casos de Santo Tirso, apesar de se desconhecer o candidato surpresa do PSD à cidade, e o caso de Vila das Aves onde o regresso inesperado de Carlos Valente contra o atual presidente de Junta, Joaquim Faria, veio elevar a fasquia do combate político local.

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