[Crónica] Pode alguém ser quem não é?

CRÓNICAS/OPINIÃO Fátima Pacheco

No final da semana passada participei de um encontro organizado por uma universidade denominada de Universidade Livre Pampédia.

A primeira parte do encontro foi de intensa reflexão sobre fé, diálogo e mudança no mundo. O Brasil como país continental que é, congrega uma imensidade de crenças, cultos e rituais que refletem a religiosidade existente no mundo. Escutei um franciscano, uma monja, um sheik e um espírita e cada qual foi apresentando seu modo de ver e se ver no mundo. A manifestação do respeito foi muito grande e passaram uma mensagem de paz, que o mundo hoje tanto precisa. Pena que o pastor metodista não conseguiu estar presente, assim como o rabino que por ser shabbat não poderia ter obrigações profissionais dado vez que esses dias são dedicados exclusivamente ao equilíbrio da harmonia das famílias com Deus.

Após uma apresentação musical e um bom repasto, a segunda parte do encontro trouxe ao publico presente a partilha de estudos sobre o trabalho de pessoas que ao longo da história fizeram a diferença na educação. O tema era: A escola pede socorro: como nossas inspirações podem nos acudir? Num momento politico tão conturbado como o que se está passando neste lado do hemisfério foi muito importante apercebermo-nos do quão maravilhoso é o universo educativo e, mesmo com todas as vicissitudes, saber o quanto cada educador pode fazer a diferença na vida dos seus alunos.

Em oposição no dia seguinte aconteceu uma aberração em Brasília. Grupos de pessoas fizeram uma manifestação pró-armas e um dos congressistas presente afirmou que “não tem diferença de um «professor doutrinador» para um traficante”. Então, precisamos mesmo todos de pensar o que será que escolas, igrejas e outras instituições poderão ajudar para que não se eduquem pessoas que só exalam ódio e intolerância.

E como pode alguém ser quem não é mantenho a fé inabalável que a mudança no mundo está nas nossas mãos, porque todos nós fazemos parte de instituições que podem ajudar na transformação deste um mundo que está cada vez mais agressivo.

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