[Opinião] António Costa ganhou a aposta

Castro Fernandes CRÓNICAS/OPINIÃO

1O grande facto político dos últimos tempos foi a indigitação, por 26 dos 27 chefes de Estado e Governo, de António Costa para Presidente do Conselho Europeu. Depois da sua demissão, em 7 de novembro passado, era muito difícil apostar que viria a ocupar o cargo a partir do próximo dia 1 de dezembro pelo período de dois anos e meio.

Não foi fácil a luta que travou um pouco por toda a Europa e também com os anticorpos que tinha em Portugal. O processo que levou à demissão é um verdadeiro case-study de que não se conhecem verdadeiramente todos os contornos.

Ultrapassadas as eleições europeias, que o PS ganhou tangencialmente, tal e qual a AD ganhou as legislativas, foram criadas as condições para que Luís Montenegro tivesse dado apoio, no grupo europeu do PPE, para que conjuntamente com os grupos socialistas e outros grupos europeus, saísse vencedora a candidatura de António Costa, somente com a oposição da Giorgia Meloni, de Itália.

A eleição de António Costa constituiu um verdadeiro “golpe de asa” colocando-a ao nível de Durão Barroso para a Comissão Europeia e de António Guterres para Secretário Geral da ONU.

2A nível concelhio é bom recordar que no verão passado, em visita efetuada a Vila das Aves, o presidente da Câmara de Santo Tirso fez a promessa pública de que as obras da requalificação da Rua João Bento Padilha iriam arrancar. Passado quase um ano, o que se pode considerar excessivo mesmo tendo em conta todos os trâmites legais, sabe-se que a obra foi recentemente adjudicada ao empreiteiro pelo que se prevê seja executada durante o último ano de mandato autárquico, período em que as obras públicas municipais crescem muito e é notória a falta de empresas capazes de executar muitas obras ao mesmo tempo.

Outra novidade surgida recentemente, embora anunciada no verão passado, foi a aprovação em reunião de câmara do projeto de requalificação da Avenida 4 de Abril de 1955. Também aqui o processo parece ter-se atrasado o que vai originar que todo o processo de concurso público para a requalificação se arraste para o início do próximo ano e possivelmente por fases. Entretanto câmara municipal tem para Vila das Aves, desde 2013, o projeto de execução de requalificação da Rua Silva Araújo, o que podia permitir que este processo arrancasse já de seguida.

3Em Santo Tirso, arrancaram as obras do Parque da Feira que foi deslocalizada, provisoriamente, para a Quinta de Geão, tendo sido criados também dois parques de estacionamento provisórios.

Os depósitos bancários à ordem não faltam, rondarão os 23 milhões de euros, pelo que problemas financeiros não existem. Talvez seja a hora se pensar na requalificação do Cine-Teatro que tem terreno municipal e projeto de execução e que certamente poderá recorrer a outros financiamentos. É uma oportunidade única e o concelho merece tal equipamento cultural nem que tenha também de ser feito por fases.

De muitas outras iniciativas se poderia falar, mas há duas que quero salientar até porque já as referi anteriormente: a primeira é a requalificação da EN 104, estrada desclassificada em Santo Tirso, entre o Arco, a rotunda da antiga Cortel e a nova rotunda de Fontiscos na variante que vai para a portagem da auto estrada. A EN 104 foi repavimentada em 2002. Passados 22 anos mais se justifica a nova repavimentação. A segunda obra de repavimentação absolutamente necessária é a da Estrada Municipal 644 entre a zona da nova rotunda em S. Tomé de Negrelos e a rotunda de S. Martinho do Campo junto ao complexo de futebol, cuja obra tem mais de 15 anos.

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