Texto: Paulo R. Silva – Foto: Vasco Oliveira
Desportivo venceu primeira “final” por 2-1, frente ao Vitória de Setúbal comandados por duas caras conhecidas, Lito Vidigal, que comandou o Aves durante a época passada, e Neca, histórico técnico do clube avense.
Com Inácio pela primeira vez sentado no banco, masainda não na ficha de jogo, o Desportivo entrou com vontade e praticamente nãodeixou a equipa sadina respirar durante os primeiros vinte minutos.
O corredor direito, como tem sido usual, foi o maisperigoso e rapidamente deixou a defesa adversária em apuros. Rodrigo Soares eBaldé foram verdadeiros agentes do caos com as suas arrancadas servindo Derley ou Fariña. Foi mesmo o argentino que na sequência de uma dessas jogadasfulminantes pela direita, recebeu o amortide Derley e enviou a bola ao poste da baliza de Cristiano. Na sequência docanto, batido pelo lateral brasileiro, Derley aproveitou a confusão na grandeárea sadina e inaugurou o marcador aos 16’.
Lito não gostou nada do que estava a ver e retirou decampo o central Artur Jorge, aos 25’ e fez entrar o irreverente Berto e comisto a formação de Setúbal melhorou, mesmo sem conseguir criar grandesoportunidades de golo.
Na segunda parte, a sina avense dos últimos jogosassombrou mais uma vez o estádio do Clube Desportivo das Aves, porque aos 55’,Jhonder Cadiz aproveitou um passe errado de Rodrigo partiu em velocidade paracima de Diego Gallo e rematou fortíssimo para o golo da igualdade.
Os anfitriões acusaram o golo e não conseguiramresponder de imediato, mas o jogo mudou quando aos 64’ Cascardo, após umaentrada muito dura sobre Amílton viu o segundo amarelo e foi consequentementeexpulso. Augusto Inácio fez imediatamente entrar Luquinhas, jovem atacantebrasileiro sub-23, e o Aves não mais olhou para trás em busca do golo davitória.
Golo esse que surgiu na sequência de mais um canto deRodrigo Soares, desta feita encontrando Baldé que, no coração da grande área,subiu mais alto que toda a gente e devolveu a vantagem ao CD Aves, aos 72’.
Até ao final, o Vitória só incomodou o Desportivo como chuveirinho final, com bolas bombeadas para a área. Diego Gallo ainda fez um corte fundamental na pequena área, mas o resultado manteve-se. Três pontos importantíssimos para as aspirações do Aves nesta segunda volta do campeonato. Satisfeito com o resultado, Augusto Inácio diz que esta vitória é importante “mas só terá significado se ganharmos o próximo jogo”. O técnico já viu conseguiu notar algumas das suas ideias reproduzidas no terreno de jogo, contudo há ainda muito trabalho para fazer. “Fiquei contente pelos adeptos que nos apoiaram, pela confiança que tivemos em campo, mas em termos de consistência de jogo ainda falta”, assinalou Inácio.