[Opinião] Bem-vindo, 2024

CRÓNICAS/OPINIÃO Rui Baptista

1Primeiro que tudo, desejo um excelente Ano de 2024 a si e para os seus. Principalmente a si, que tem a amabilidade de dispensar do seu tempo a ler estas minhas reflexões, e um conselho: não se martirize em cumprir as resoluções de ano novo (tais como fazer exercício físico ou emagrecer). Dados os tempos poucos esperançosos que vivemos, divirta-se e seja feliz junto dos seus.

2Começa agora o novo ano, mas traz consigo uma factura pesada de 2023, onde os problemas nacionais e internacionais infelizmente se prolongarão por todo o ano de 2024 e não terão perspectivas de resolução este ano.

Com a crise política instalada, agora já temos um novo líder do PS, que na minha opinião foi escolhido pelos militantes com base na emoção e não na razão. Elegeram aquele que na sua perspectiva teria mais hipóteses de agregar votos à esquerda e não aquele que, porventura, teria mais competência e mais sentido de Estado.

Não posso deixar de pensar como no nosso país somos muito benevolentes com a impreparação e com a superficialidade. Há um ano o Pedro Nuno Santos (PNS) demitiu-se por incapacidade de gerir o dossier TAP, acumulando já uma história de polémicas, incluindo o despacho sobre a localização do novo aeroporto e um puxão de orelhas por parte do PM. Depois de uma pessoa não ter sido capaz de ficar Ministro, eis que se propõe a ser Primeiro-Ministro e pelos vistos há quem o ache que tem condições. E, sinceramente, tem fortes probabilidades de o ser.

O seu discurso de vitória na noite em que foi eleito Secretário-geral do PS foi confrangedor, sem conteúdo, sem qualquer tipo de preparação, o exemplo claro de quem não se prepara para nada e vive no improviso. E como tem muito pouco conteúdo, o improviso sai pobre e vazio, apenas com frases feitas e lugares comuns da política partidária. O PS preferiu um produto do aparelho partidário para ser Primeiro-Ministro a alguém com mais postura de Estado e algum sentido de responsabilidade.

Depois do Congresso do PS veremos as propostas que trará para o país para avaliações futuras.

PNS fará de António Costa o exemplo vivo do adágio popular “bem de mim fará, quem a seguir a mim virá”.

3A Assembleia de Freguesia de Vila das Aves aprovou o orçamento da Junta para 2024 que se caracteriza por ser um Orçamento mais magro do que no ano anterior, mesmo que devidamente justificado. Contudo, foram feitas várias questões pela oposição e nenhuma teve uma resposta por parte do presidente da Junta, que as classificou apenas como “considerações da oposição”. Não sei o que quer dizer com isso. Que a oposição esta ali para tagarelar e não interessa nada do que diz? As Assembleias de Freguesia são um mero teatro sem consequência? Ou então, será que o presidente não tem a capacidade de responder concretamente às questões porque lhe faltam dados concretos e argumentos válidos?

É um orçamento mais uma vez para inglês ver, porque estratégia não temos nenhuma. Apenas que este ano haverá um projecto para o mercado, a juntar ao projecto da antiga Junta que nunca mais saiu do papel, onde nem as obras de contenção (tais como vidros partidos) se fizeram para evitar a degradação do edifício.

Quem nasce para 5, nunca chega a 10.

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