[Opinião] Apagão e abstenção? Oxalá que não.

Castro Fernandes CRÓNICAS/OPINIÃO

O último acontecimento marcante em Portugal foi o “apagão” de 28 de Abril, quase tão notório como o que aconteceu a Marcelo Rebelo de Sousa nos últimos tempos!

Fruto desse “apagão” a pré-campanha eleitoral das legislativas transformou-se de facto num apagão geral de informação, só funcionou a rádio, que colocou Portugal “às escuras”!  O habitual inquérito, agora europeu, será decidido lá para as calendas depois das eleições e agora em plena campanha eleitoral temos todos de decidir se “O futuro é já” ou se vamos ter mais do mesmo!

A verdadeira campanha arrancou já no passado sábado, da parte do PS com um comício no Pavilhão Rosa Mota, com Pedro Nuno Santos num intervenção política muito importante, abordando as questões nacionais mais relevantes, casos da saúde, segurança social, economia, impostos, jovens, habitação e pensionistas. Os outros partidos não arrancaram tão em força, mas Luís Montenegro voltou à questão do “apagão” e às migrações, tentando captar os votantes do Chega, aproveitando esta semana com os ex-presidentes do PSD para almoçar com Cavaco Silva, Passos Coelho, Marques Mendes e Manuela Ferreira Leite. As propostas da IL apontam claramente para uma tentativa de coligação pós-eleitoral com a AD e a esquerda, com exceção do Livre, está a atravessar dificuldades, aparecendo Paulo Raimundo da CDU como uma surpresa nos debates televisivos. A habitual luta das sondagens é já a usual, com muitos indecisos à mistura, que se pode traduzir numa abstenção mais forte que o habitual, ao contrário do que aconteceu nas duas últimas eleições legislativas.

Esta semana prossegue a campanha e o dia marcante para Santo Tirso será a já tradicional arruada que o PS fará, com Pedro Nuno Santos, no próximo sábado de manhã. Recorde-se que por Santo Tirso já passaram em arruadas partidárias vários secretários gerais incluindo Mário Soares, Jorge Sampaio, José Sócrates e António Costa. Santo Tirso tem locais habituais a visitar, incluindo os icónicos jesuítas da Pastelaria Moura, mas o mais importante é que Pedro Nuno Santos diga quais as suas propostas, depois de como Ministro das Infraestruturas nos ter garantido no âmbito do PRR, as novas rotundas de Fontiscos e da Ermida, nas variantes à cidade, num investimento de 3,2 milhões de euros. É também preciso que seja dito claramente aos tirsenses se o Hospital de Santo Tirso continuará público. É preciso que nos seja garantido para quando a execução da ligação da variante à estrada nacional 105 entre Santo Tirso e a zona da rotunda de Água Longa na ligação à autoestrada A 41, que Pedro Nuno Santos prometeu enquanto ministro. É preciso que seja afirmada publicamente a nova ponte Entre Rebordões (EN 105) e Vila das Aves (Cense), no âmbito do PRR, e já incluída no Plano Diretor Municipal. Por outro lado, é importante que o futuro governo apoie a total requalificação do Cineteatro de Santo Tirso para o qual existe um projeto base há anos.

São estes e outros investimentos aos quais todos os políticos que visitarem Santo Tirso tem de dar resposta concreta, para que não se eternizem as decisões. Santo Tirso é um concelho com um bom desenvolvimento e crescimento industrial que necessita de muita habitação pública e é bom que os candidatos governamentais apoiem o investimento em projetos que já estão feitos e anunciados, nomeadamente para construção a custos controlados e para novos empreendimentos de habitação a renda acessível. O futuro é já amanhã.

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