O Comando Distrital da PSP do Porto afirma que o reforço da ação policial em Santo Tirso, que foi alvo de críticas da Câmara Municipal, teve por suporte a “verificação recorrente, muitas das quais objeto de reclamações, de situações de alteração da ordem pública, ruido excessivo, veículos em situação irregular, condução perigosa e sob a influência de álcool, estacionamento desregulado e incivilidades diversas”.
Em resposta a pedido de reação da agência Lusa ao comunicado da Câmara Municipal divulgado ontem, que critica o que considera “exagerado dispositivo policial” que “tem afastado as pessoas do convívio das quintas à noite em Santo Tirso e contribuído para uma divulgação negativa da imagem do município”, o comandante distrital da PSP do Porto mantém que a presença vai continuar, afirmando que “face à grave perturbação verificada todas as quintas-feiras com a concentração de centenas de motociclistas na zona em questão, esta Polícia tem vindo a intervir no local para reposição da paz e tranquilidade pública, através de um reforço do policiamento de visibilidade e das medidas de polícia previstas na lei, nomeadamente operações policiais”.
Segundo o comunicado da Câmara Municipal “em oposição a uma ação preventiva e pedagógica para o cumprimento da lei, este tipo de ação da PSP é promotora da criação de um ambiente intimidatório, com consequentes efeitos negativos para as atividades económicas do largo Coronel Baptista Coelho”.
A câmara presidida por Joaquim Couto afirma-se nesse comunicado “a legítima representante da população e não entende de outra forma que essa competência e responsabilidade sejam assumidas por outras entidades” e assegura que “defenderá, sempre, os interesses da população e dos agentes económicos sediados no concelho, consciente da necessidade de fazer respeitar os regulamentos municipais e leis gerais, nomeadamente em matéria de ruído, regras de trânsito e civismo”