O PS de Santo Tirso foi o primeiro partido a divulgar a lista dos candidatos a presidentes de junta de freguesia no concelho de Santo Tirso. Fê-lo com muita antecedência no que parece ser uma nova estratégia eleitoral para as candidaturas autárquicas. Nunca o PS ou qualquer outro partido em Santo Tirso anunciou as candidaturas com tanta antecedência em atos eleitorais autárquicos anteriores já que era habitual as candidaturas às juntas de freguesia serem anunciadas no ano civil eleitoral, dois ou três meses antes do Verão, por forma a que pudesse avançar a chamada pré-campanha eleitoral.
Que me lembre somente vi avançar antes, com muito antecedência, candidaturas de um partido à Câmara Municipal que se revelaram precipitadas dado que até à entrega das listas no Tribunal houve várias alterações.
Claro que com as candidaturas antecipadas se pode fazer uma avaliação contínua e também corrigir trajetórias no que à escolha de candidatos diz respeito, mas essa não é claramente a melhor metodologia pela inconstância política que revela.
No que se refere à escolha dos candidatos do PS para as juntas de freguesia o facto é que em todas elas há claramente a mão do Presidente da Comissão Política Concelhia e, fundamentalmente, Presidente da Câmara Municipal, Alberto Costa, até pela força política que lhe advém dos resultados eleitorais que obteve em 2021. Para todos os efeitos a avaliação dos resultados eleitorais de 2025 responsabilizará sempre Alberto Costa.
Quanto às escolhas feitas há claramente uma grande surpresa, a escolha do candidato à União de Freguesias de Santo Tirso, Santa Cristina e S. Miguel do Couto e Burgães, o atual vereador José Pedro Machado! Primeiro porque é vereador e não é habitual que um vereador executivo, depois de o ser durante muitos anos, passe a candidato a uma junta de freguesia. Claro que aqui também deve haver uma nova estratégia de Alberto Costa que parece querer dar sinais de quer alterar a composição da vereação no próximo mandato. Por outro lado, a decisão também pode significar que está a ser aberta a porta os presidentes de junta que em 2025 vão atingir o limite de mandatos conforme está legislado. Nove dos atuais catorze presidentes de junta do PS atingem o limite de mandatos no próximo ano, muitos deles perfeitamente capazes de continuar a dar o seu contributo autárquico ou como vereadores na Câmara Municipal ou mesmo como deputados na Assembleia Municipal. Só que aqui há um grande problema, os lugares não chegam para todos e muito menos na vereação municipal onde estão eleitos os atuais seis. Um problema nada fácil. Quanto aos outros candidatos às juntas de freguesia há a realçar o facto de duas das candidatas oriundas do PSD (Agrela e Monte Córdova) continuarem as candidaturas independentes com declaração expressa de apoiarem o PS à câmara municipal, no que tenho divergido como já expressei nas páginas deste jornal em 2021 porque entendo que em todas as freguesias do concelho o PS tem expressão suficiente e militantes capazes para apresentarem candidatura. Quanto aos restantes candidatos, em especial os mais novos, irei ter a oportunidade de manifestar a minha opinião quer como cidadão quer como militante.