Texto: Paulo R. Silva – Foto: Vasco Oliveira
Desportivo das Aves é eliminado de forma inglória dos quartos de final da Taça de Portugal perante um Braga que só jogou 45 minutos. Eficácia, na finalização e da linha defensiva, fizeram a diferença.
Um adeus que pareceu inevitável e acabou por ser inglório e até injusto. O fim de tarde gélido no Estádio do Clube Desportivo das Aves correspondeu à entrada em campo dos jogadores avenses. Com várias alterações no onze inicial, incluindo Braga, Mato Milos, André Ferreira e o regresso de Amílton, o Desportivo não conseguiu conter a dinâmica ofensiva dos arsenalistas durante os primeiros minutos. Paulinho fez a cabeça em água a Jorge Fellipe que foi somando erros atrás de erros e comprometeu até ao Braga chegar ao golo inaugural. Livre marcado rapidamente, bola nas costas dos centrais e Wilson Eduardo, em posição regular, isolou-se perante A. Ferreira e fez o 0-1. Tudo fácil.
O Aves até respondeu bem ao golo adversário e partiu para cima dos forasteiros criando alguns lances perigosos sobretudo por Derley. Só que o Braga cada vez que criava uma jogada abanava com a defesa contrária e aos 41′, Wilson Eduardo surgiu novamente nas costas de Jorge Fellipe e fez o 0-2. A eliminatória parecia decidida.
Na segunda parte, o Desportivo saiu das cabines com outra atitude e o Braga mal se viu durante a etapa complementar. Os lances rápidos pelas laterais de Amílton, Baldé, V. Costa e Milos, sobretudo depois da entrada de Vitor Gomes para comandar o ataque, desequilibravam os bracarenses e as oportunidades começavam a surgir em catadupa.
Baldé desperdiçou uma bela oportunidade perante Marafona devido a uma defesa extraordinária do guarda-redes que já passou pela Vila das Aves. Derley e o próprio Baldé iam causando o pânico e por esta altura o resultado era mais do que injusto.
Na sequência de um dos muitos cantos favoráveis aos homens da casa, Falcão apareceu muito oportuno no limite da pequena área e reduziu o marcador.
O Aves galvanizou-se e só o desacerto dos atacantes e um par de defesas do outro mundo impediram que o resultado se alterasse. Uma delas, já nos descontos, Marafona tirou o prolongamento da cabeça de Derley com uma intervenção plena de reflexos e agilidade.
O Desportivo das Aves diz adeus ao troféu do qual é detentor de forma inglória. A segunda parte dos avenses merecia pelo menos trinta minutos extra de futebol.