E porque não criar uma ecovia entre a nascente e a foz do Ave?

ATUALIDADE

Movimento “Viver O Ave” junta uma centena de pessoas distribuídas por todo o curso do Ave e propõe a criação de uma ecovia que aproveite trilhos e percursos já existentes nas margens do rio. Proposta pretende valorizar as margens e o património, quer natural, quer industrial da região.

E se fosse possível caminhar, correr ou andar de bicicleta da nascente à foz do rio Ave de forma contínua em pleno contacto com o património natural e edificado? O Movimento “Viver O Ave” quer tornar esta ideia, que há uns tempos poderia ser vista como utópica, em realidade.

Gualter Costa é o porta-voz de um movimento cívico que já conta com cerca de uma centena de pessoas, distribuídas por quase todos os concelhos atravessados pelo rio Ave e os seus afluentes. Objetivo? Valorizar o rio em todas as suas vertentes.

“Sou praticante de BTT há muitos anos sobretudo cicloturismo, faço muitas ecovias e comecei a perceber que não há nada que exista, por exemplo no Tâmega ou no Dão que não tenhamos aqui no Ave”, começou por dizer Gualter Costa, em conversa com o Entre Margens que teve como cenário a ponte pedonal de Caniços que liga as freguesias de Vila das Aves e Bairro, sobrevoando o ponto de encontro entre o Ave e o Vizela.

Da nascente à foz, tirando algumas áreas com orografia mais complicada, as margens do Ave já possuem troços e pequenos caminhos antigos que podem ser usufruídos a partir de um passeio de bicicleta. E Gualter Costa fala por experiência própria. Há poucos recantos do Ave que não conheça in loco.

O Movimento “Viver O Ave” surgiu há pouco mais de um ano com uma página no facebook que tem conquistado fãs pelas belas fotografias que diariamente partilha. O segundo passo foi apresentar a proposta para a ecovia. Ou ecovias, neste caso, já que a ideia é criar um conjunto de trilhos ao longo das margens do Ave e também dos seus afluentes.

Um projeto faraónico? Não. “A relação custo benefício é enorme”, afirma Gualter Costa. “Não estamos a falar de ciclovias, mas sim ecovias. A ideia é que seja o mais natural possível, com o menor impacto ambiental possível, mas que permita a qualquer pessoa usufruir das margens do Ave. Estamos a falar de percursos preferencialmente em terra batida, limpo em três metros para cada lado, muitas vezes até usando terrenos que são do domínio hídrico nacional e, onde não for possível, tentar chegar a acordo com os proprietários na cedência de passagem, talvez com contratos de comodato.”

[Ler Artigo Completo na Edição 673 do dia 10 de junho do Entre Margens]

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